Para quem acompanha o meu blog faz muito tempo, está sabendo que tenho publicado o meu primeiro livro em junho do ano passado, com o nome “A Pedra da Gávea e o Mundo Secreto”. Eu já até imaginava que seria difícil a publicação e até mesmo, ser possível as vendagem dos livros, seja por meio virtual, seja por meio físico, através das livrarias. Mas estar nestes eventos, tanto como organizar eles não é uma tarefa difícil, se não fosse um determinado fator: dinheiro. Exatamente o que venho aqui desabafar, pois eu estava bastante animado com a publicação.
Portanto, tive de cancelar duas tardes de autógrafos por causa deste fator (o dinheiro), justamente porque a mesma editora, embora ela prega que incentiva os novos talentos, fazer uma coisas dessas. Uma grande desaforo, pois tive de pagar para poder ter o livro publicado, sem falar que só vou receber uma pequena porcentagem de faturamento, sobre o que eles venderem, ou seja, fazer a parte deles. Eles ao menos movem uma sequer palha para poderem ajudar. A editora já deixa claro que não negocia com as livrarias por consignação, mas a maior parte delas (praticamente todas as grandes livrarias) só trabalham com essa modalidade, dificultando ainda mais o trabalho. Isso obriga o autor ter que comprar por fora os livros, o que não torna barato, para poder “revender” para estas livrarias.
Isso prejudica também a minha participação em eventos literários, como a Bienal que vai começar amanhã, aqui no Rio de Janeiro, onde a mesma não estará presente. Também não fui a Bienal de São Paulo no ano passado, pelo mesmo motivo, pois para participar, é preciso ter um capital para poder bancar a venda. Eu achei que tinha assinado um contrato entre a editora e o escritor, e não entre os sócios da editora. Como estou insatisfeito com essa relação, eu não vou publicar o meu próximo livro nesta editora, que já está pronta para ser publicado e vou procurar meios autônomos para poder ter sucesso no mundo literário, sem ficar dependendo de quem prejudica o mercado editorial brasileiro. Aqui vai meu desabafo.