Está impregnado em nossa sociedade através depois de anos martelando na mente das pessoas a clássica frase “Use Camisinha”, de todas as maneiras, inclusive subliminar. Nada contra isso, pois AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis são realidade e realmente muita gente morreu por causa destas coisas. Mas há quem é do contra, afirmando que camisinha não protege como deveria ou até mesmo por motivos religiosos, afirmando que “camisinha não leva a Deus”. Mas creio que há muitas questões políticas em relação à camisinha, pois ela também é o melhor contraceptivo e graças a ela, diminui um pouco (não o suficiente) a explosão demográfica, contribuindo para a favelização dos grandes centros urbanos e a sobrecarga dos serviços públicos básicos como hospitais e escolas.
Já cheguei a ver pessoas comentando que a Igreja Católica é contra a camisinha pois ela quer mais pessoas frequentando ela, pois está perdendo fiéis. Embora nem posso discordar tanto desta afirmação pois um certo padre, durante um evento católico de onde estiveram presentes centenas de jovens disse mais ou menos assim: “A Igreja esta precisando de mais pessoas para a vocação. Vejam, eu passo na rua e só vejo adolescente grávida, que maravilha! A messe está cada vez maior [dizendo com entusiasmo] e precisamos de cada vez mais padres!”. Eu aposto que 20% daqueles jovens presentes naquele evento devem ter se afastado da Igreja Católica depois de escutarem esta frase. É óbvio que vão falar de
castidade, onde a pessoa deve guardar o seu corpo somente para o casamento, pois segundo a doutrina católica, é através da castidade que a pessoa pode atingir a santidade.
Particularmente não tenho nada contra a castidade, mas realmente, a disseminação da camisinha, inclusive através de campanhas subliminares martelando as nossas mentes, incentivando o uso da camisinha, também tem incentivado a banalização da sexualidade. Hoje é muito comum os jovens transarem com várias pessoas diferentes em um curto período de tempo, com se fossem prostitutas (a única diferença é que as prostitutas cobram pela diversão). Não estou sendo moralista e muito menos preconceituoso, mas isso é a realidade que infelizmente, não devemos fechar os nossos olhos pra ela, mas é aí que entra o Dilema da Camisinha, que é o título deste post.
O problema em questão não está na camisinha, e sim da maneira que a pessoa está lidando com a sua sexualidade. Os próprios médicos, cientistas e até mesmo a mídia defende que as pessoas devem ter parceiros fixos como forma de reduzir ao máximo a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis. A camisinha, assim como o aborto, é uma questão saúde pública, de sociedade e de política também. Não devemos ignorar que em comunidades de baixa renda, há uma crescente explosão demográfica, e é raro ser por falta de informação, porque ações de educação sexual nestas comunidades, principalmente financiadas pelo governo e/ou pelas ONGs, não faltam.