O Currículo do Futuro

orkut O currículo, como eu disse da outra vez, é o principal cartão de visitas, o espelho da sua personalidade diante da empresa para que futuramente possa ser contratada de maneira satisfatória. Mas o currículo de papel não é o suficiente para que as empresas possam estudar a vida pessoal e profissional do candidato. As empresas querem portanto, ir ao além. A nova estratégia aplicada para as empresas verem a credibilidade de que os candidatos estejam falando, é visitando os blogs e profiles em redes sociais, como Orkut, Facebook, HI5 e outros perfis on line do candidato. Eu, particulamente já passei por isso, pois cheguei a comentar o conteúdo do Baú do Valentim com um entrevistador, enquanto ele lia os artigos.
Num mundo cada vez mais competitivo, quem tem cartão de visitas virtual é rei. Ter um bom portfólio e um bom perfil profissional nas redes de relacionamentos é um diferencial para conseguir um novo emprego. Não, menina, não estou dizendo que você precisa apagar todas as todas as fotos que você tirou só de calcinha no teu álbum do Orkut. E você, menino, não precisa excluir as tuas fotos que você tirou nas festas raves e bebedeiras da vida. Ainda bem que o Orkut tem o recurso para exibir o álbum só para os amigos né? Como também não é preciso que você altere e modifique todo o seu perfil do Orkut só para o RH ver. Claro que todos nós temos o direito de personalizar o nosso Orkut e Facebook do nosso jeito e as pessoas tem de aceitar do jeito que você é não acha? Por outro lado, embora não vejo nada contra em colocar desenhos animados nas fotos do perfil, mas colocar foto erótica e/ou pornográfica no perfil já é um pedido para não entrar na empresa.
Concordo que esse tipo de avaliação é uma avaliação que chega a ser discriminatória e excludente, pois favorece também o “paradigma da boa aparência” e o preconceito de diversos tipos. Mas vamos ao outro assunto: a blogosfera. Como eu disse no primeiro parágrafo, blogs podem ser sim, armas para ter um diferencial na hora de descobrir um emprego, mas eu falo de blogs que tenham conteúdo decente (não necessariamente profissional) e que tenha um certo foco, por mais leve que seja. O blog não pode ser tipo a entrevista de Michael Jackson, onde ele afirma que dorme com as criancinhas (veja mais aqui). Blogs deste tipo, com certeza queimaria o teu filme diante da firma e seria um fator principal para não-contratação, pois seria tão queima-filme quanto perfis do Orkut com conteúdo pornográfico.
Se o objetivo e o público-alvo do teu blog for de interesse para empresa na qual você deseja entrar, não há nada de errado colocar o endereço dele no currículo. Mas não se esqueça que existem sites de busca como Google, Yahoo, MSN Search e afins. Se você usar o teu nome verdadeiro no blog que não seja interessante para empresa, é bom rever bem o conteúdo. A importância disso, é que a empresa que vai te avaliar num emprego as suas opiniões e idéias a respeito da realidade e do tema que você explora, bem como objetivo e a intenção de se criar o blog. Eu, partcularmente tenho consciência de que tenha alguém do RH ou um headhunter lendo o este e outros textos daqui. Agora mais um item para encerrar: os portfólios e sites pessoais.
Se você pretende usar a boa e a velha estratégia de sites pessoais (acredite, que ainda funciona), sinta-se a vontade. Este recurso, presente desde que a Internet chegou a grande massa popular em meados da década de 1990, está presente até hoje e ainda é uma grande forma de contratação das empresas. Nele você tem a liberdade de dizer de maneira puramente profissional a sua pessoa, os seus objetivos, a sua visão e ainda mostrar os seus trabalhos, bem como o seu currículo, é claro. O blog ainda é uma boa forma, embora o portfílio tenha um custo maior do que usando a blogosfera. Mas mesmo assim, a criação de sites pessoais são a melhor forma de se mostrar on-line para as empresas.

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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