Vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, em que as pessoas competem por recursos escassos, onde muitos desejam e querem ter por direito. Seria ótimo se todos competissem igualmente com justiça e civilidade, em que as pessoas saibam ganhar e perder, ou em que pessoas tenham consciência de espírito de comunidade, em que as pessoas se apoiem umas as outras. Mas se isso acontecesse, o mundo seria perfeito, ma não é bem assim que as coisas funcionam. As pessoas tem o prazer de humilhar e pisar em umas as outras ao seu bel prazer, justamente para tirar o outro da competição injustamente, e de maneira trapaceira, somente para conseguir o que realmente quer. Vivemos num mundo onde uns e outros querem procurar meios de prejudicarem uns aos outros como se fossem verdadeiros animais selvagens.
Fala-se muito em assédio moral nas empresas, o mal que é combatido em vários ambientes corporativos e até por meios legais em diversos países, inclusive no Brasil. Assediar moralmente uma pessoa traz sérios prejuízos e danos psicológicos, emocionais e físicos. O que antes, nos tempos remotos, as pessoas partem para agressão física, como famoso chicote, atualmente as pessoas usam recursos mais sutis para machucar e ferir aos outros. É comum partirem para humilhações, pânico, terror, assédios sexuais e até mesmo forçar as pessoas a trabalharem forçadamente, enquanto não conseguirem o que realmente querem. O assédio moral engloba vários fatores para as pessoas terem o prazer de prejudicar aos outros, como forma de conseguirem o que realmente querem.
Mas não podemos pensar que existe assédio moral apenas no ambiente empresarial. Existem também em ambientes escolares, acadêmicos, residenciais, religiosos e até mesmo familiares. Vemos competição acirrada em desleal até mesmo em igrejas e dentro de famílias, em que as pessoas usam de todos os meios para prejudicar uns aos outros. Vemos irmãos assediando moralmente aos outros e até mesmo pais humilhando os filhos e fazendo com que eles sejam os melhores, ou então não ser em melhores que eles próprios ou um outro membro da família. Vamos assistir pais desestimulando seus filhos a enfrentar os desafios de sua vida e serem vencedores ou para forçarem a seguir o que eles realmente querem, como por exemplo. Forçar os seus filhos a seguirem uma determinada profissão, que de fato não é da vocação deles. Muitos pais acham que são verdadeiros donos da vida de seus filhos, quando o papel deles é apenas mostrar o caminho, não fazer deles, bonecos de marionetes.
O assédio moral é pertinente em todos os meios possíveis de convivência, enquanto existir um coração egoísta, que pensa em conseguir tudo que deseja, sem ao menos pensar nas graves consequências que a pessoa possa causar. Isso irá sempre acontecer, enquanto existir pessoas que usam do poder e da autoridade por meios e objetivos egoístas, como um intuito de única e exclusivamente satisfazer o seu ego. Há muitas pessoas que não admitem derrota e usam meios obscuros, baixos e ilegais, que fazem o seu desejo e a sua obsessão falarem mais alto que a honra e o caráter. Assediar moralmente uma pessoa é um ato criminoso pois o único objetivo é de apenas destruir e rebaixar uma pessoa, fazendo com que a mesma se torne cruel e maligna.
É preciso ser um líder servidor, um companheiro de todas as ocasiões, um servo fiel e um concorrente honrado, mas é preciso acima de tudo buscar a luz e a sensatez, para que o poder e a obsessão jamais suba a sua cabeça, tornando prejudicial para si próprio, e principalmente para todos ao seu redor. É preciso combater o assédio moral com sabedoria e não de forma reacionária, pois os insensatos e os malignos não suportam a luz da sabedoria. Essa violência, seja nas empresas, seja na família ou em qualquer outro lugar, além de trazer danos ao indivíduo prejudicado, causa grandes problemas sociais. Poder e competitividade não são motivos para um prejudicar, humilhar e destruir uns aos outros.