Vejo crianças, apenas crianças, somos crianças
Crianças inocentes no meio do mar de maldades
Em meio a tanta maldade, somos inocentes crianças
Aqui vejo meninos errantes do reino da peversidade
sujeitos a todo tipo de maldade sem fim…
Meninos do Reino, que brincam em palafitas
imaginando seus castelos, sob tetos de zinco
Eles mal sabem o que virão para as suas vidas
Esses são os meninos do reino, um reino falido
Reino de arapongas, de almas involuídas…
Almas ingênuas, que mal conhecem esse mundo
sendo devoradas sem parar, por espíritos de porco
Almas ingênuas, que vivem como moribundas
crescendo tristemente neste mundo sem amor
sendo castigadas por almas sem vida, sem amor
Meninos do reino, pobres crianças desamadas,
que terão seus sonhos e seus futuros roubados
Roubados por seres que ainda vivem na escuridão
Levando a sua vida, na mais completa ingratidão
Almas famintas de amor, de afago e de sonhos
Vejo crianças, vejo os meninos do reino
onde todo o reino é uma grande massa falida
Um reino em que as pobres almas são severamente punidas
Punidas unicamente por existirem nessa miséria
Assim são as crianças, assim são os meninos do reino.