Como todos sabem, ou para relembrar, em 2003, entrou em vigor, o estatuto do desarmamento, que regula a aquisição, posse, comercialização e transporte de armas. E com esta lei, estava previsto o referendo, que fora realizada no dia 25 de outubro de 2005, onde a vontade da maioria votou para a não proibição das armas ao cidadão. Os que votaram a favor, afirmavam que isso gerava mais violência, pois muitos usariam as armas de forma inconsequente. Os que votaram a favor, defendiam o direito a legítima defesa contra a criminalidade que assola em nosso país.
Contudo, no dia 7 de abril de 2011, ocorreu a tragédia no bairro Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde um ex-estudante certamente perturbado entrou na antiga escola onde estudava e assassinou 12 crianças, que já tiveram infelizmente suas vidas interrompidas. Admito que isso é uma grande fatalidade, o que gerou uma onda de questionamentos a respeito da aquisição de armas. Como se sabe, esta arma foi adquirida ilegalmente, pois uma das pistolas usadas pelo terrorista, estava com a numeração raspada. Mas um ilustre senador teve uma “brilhante” ideia de refazer novamente o bendito referendo que foi realizado em 2005, e que foi decidido legitimamente pela população brasileira de bem, puxado pela carroça dessa triste tragédia.
Às armas cidadão! Cidadão, às armas!
Mas aí penso. Em vez de desarmar o cidadão de bem que paga seus impostos onerosos em dia, porque não fazem esforços para coibir o contrabando de armas, que diariamente arma bandidos que fazem das favelas e periferias, seus bunkers, fazendo com que a população aflita viva como nos tempos do feudalismo, onde a autoridade é mostrada pelas armas, favorecendo o poder paralelo. Onde está o esforço para coibir a venda de armas ilegais? O invés disso, preferem desarmar quem não pratica o crime e delito.
Existem assuntos bem mais interessantes que o do desarmamento para se fazer referendos e plebiscitos, como a questão do voto obrigatório, serviço militar obrigatório, dentre muitos outros, que podem ter grande valor significativo para a sociedade brasileira. Por que não investir mais na educação e na saúde, ao invés de torrar fortunas com esse referendo que já confirma que o de 2005 não tem valor algum. Não somente na segurança das escolas e dos hospitais, bem como a qualidade das mesmas. Por que não combater a corrupção policial e valorizar os policiais de bem? Mais uma vez digo, o contrabando de armas, que a maioria delas vem de dentro do país? Infelizmente, digo que vivemos no país de abutres, hienas e contramestres…
Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.