São estas e outras perguntas que nos faz pensar sobre o racismo no Brasil que ainda impera. O racismo se manifesta de maneira implícita, pois ninguém é louco de te chamar na cara que tu é crioulo, macaco e coisas afins, pois sabe que vai ter problemas na justiça. Eles acolhem o negro como amigo, mas na hora de oferecer emprego, eles dizem: “Infelizmente você não tem perfil para trabalhar na empresa, não posso te contratar (vou ter que te dispensar)”, por mais que a pessoa negra se identifique com a firma, o que na verdade, é como se dissesse: “Não admito macacos e crioulos aqui na empresa”. Essa história de “perfil”, que tanto os grupos de RH, Você S/A e Exame tanto pregam, na verdade é racista e excludente.
O negro pode ter o excelente currículo, ter certificados respeitados e diplomas de encher os olhos de qualquer headhunter que se preze, mas ele sempre terá mais dificuldades de conseguir o emprego e/ou estágio do que a pessoa branca. Se for mulher solteira, loira com corpo violão e de olhos azuis, então nem se fala: ela vai ter uma facilidade de monstro para conseguir um emprego. Portanto, amigos, quem acha que ações afirmativas é apenas cotas nas universidades (o que não apóio muito), não sabe o que está perdendo.
Você já deve ter reparado que as revistas como Você S/A ou Exame, sempre meia vlta e outra, falam que pra arrumar emprego, a boa aparência é fundamental. Mas aí é que faço as perguntas: Ter pele negra é má aparência? Qual é o critério da empresa quanto à boa aparência? Por que nas grandes empresas, a grande maioria dos funcionários são brancos? Os negros não têm qualidade profissional?