Ao longo de nossas vidas, nos deparamos com dificuldades e adversidades que nos rodeiam e ao mesmo tempo, oportunidades vem e vão. Claro que oportunidades, geralmente são muito boas na nossa vida e é sempre bom e louvável ter oportunidades. Alás, elas sempre são bem vindas. Mas num mundo cheio de armadilhas, é sempre bom lembrarmos que é preciso ter discernimento e a capacidade de entender que nem tudo que parece ser oportunidade, realmente é uma oportunidade. Logo, veremos falsas oportunidades que na verdade, nos levarão a problemas muito maiores e até mesmo inimagináveis. Isso porque, às vezes, confundimos tentação com oportunidade.
É como a história de uma família pobre e humilde em que há anos pagavam aluguel caríssimo, que consumia praticamente toda a renda familiar e sempre faltava dinheiro para comida, sustento, tampouco dava para roupas. Portanto, essa família sempre tinha um grande sonho de uma casa própria. Eles percebem que perto de sua casa, havia um condomínio fechado lindo, com piscina e salão de festa. Ele estava totalmente pronto há mais de 2 anos, mas até então, ninguém havia ocupado nenhum apartamento. Então ele ouviu falar de um conhecido atravessador da comunidade de que podia ocupar os apartamentos daquele condomínio, o que segundo ele, foi pronto para ninguém ocupar e só favorece a especulação imobiliária. A família pensou, o tempo passou, e eles decidiram entregar as chaves para o proprietário levando todas as coisas, invadiram o apartamento do condomínio. A família ficou toda feliz, por ter conquistado o sonho da casa própria. Mas passou cerca de duas semanas, o dono do condomínio entrou na justiça para que todas as famílias desocupassem o apartamento, solicitando ainda o recurso policial. As famílias que ali moravam, logo procuraram o atravessador, que incentivou a tal invasão, mas ele jamais foi encontrado. E não restou outra escolha, a não ser desocupar o imóvel, sob forte escolta policial. Ao retornarem para a casa de onde moravam, como forma de retomar ao imóvel, eles percebem que a casa foi ocupada por outra família.
Uma história como esta nos faz refletir que a gente não deve sair por aí aceitando e acatando qualquer oportunidade que aparecer por aí. É preciso às vezes dizer não! Não somente pelo fato de aproveitarmos a oportunidade por meio da ilegalidade, mas por outros motivos como organização do tempo, princípios, importâncias, prioridades, entre outros. No caso de princípios, tem bem mais a ver com a história que contei sobre as armadilhas da ilegalidade. Às vezes pode ser pela legalidade também. Por exemplo, fazer um trabalho que vai contra os seus princípios, pode acarretar com que você vai sempre fazer aquele trabalho, como num ciclo vicioso que nunca se termina. Isso porque a sua imagem vai estar sempre associado ao que vai contra os seus princípios. É preciso entendermos que dinheiro não compra princípios nem ética de uma pessoa. Ela precisa muito ser valorizada, pois leva-se anos para que ética e princípios íntimos.
Outro caso de aprendermos a dizer não, nos leva também sobre importâncias e prioridades, o que tem muito a ver também com organização do tempo. É preciso entender melhor que aquilo pode acrescentar em sua vida. É preciso mantermos foco naquilo que realmente queremos na nossa vida, pois a gente não deve viver simplesmente depender das escolhas e ideias de terceiros. Devemos partir da gente. Quando a gente sabe o que quer da vida, a gente acaba sabendo que realmente é importante pra gente, pois do contrário, seremos sempre escravos das nossas escolhas erradas e dos “atravessadores”, que querem apenas sugar a nossa energia e pensamentos. É importante que passemos a nos enxergar e nos ver como realmente somos, para não tropeçarmos ao longo do nosso caminho.
É importante que antes de aprender a dizer não, é preciso saber as seguintes peneiras:
- O que vou ganhar, aproveitando a oportunidade?
- Se alguém sairá prejudicado, se eu aproveitar esta tal oportunidade.
- Qual a minha disponibilidade de aproveitar a mesma.
- Se vale a pena largar tudo o que estou fazendo ou tendo e quais as consequências de se fazer isso.