Vinte quatro horas por dia vemos a imprensa dando notícias sobre o caso Isabella Nardoni que morreu tragicamente caindo do sexto andar de um prédio. Tudo bem que a imprensa diariamente digulga tragédias diversas e isso já tornou-se até comum faz anos, desde os primórdios do jornalismo. Mas a forma em que este caso está sendo coberto chega a ser saturado e a única coisa que posso dizer é nada mais nada menos para compensar a audiência perdida com o término do Big Brother. Já chegamos a ficar saturados de tantas informações e bombardeados diariamente sobre notícias da vida real.
Sim, quantas crianças são agredidas mortas pelos seus pais diariamente e ninguém dá conta. Você pode visitar em vários sites de notícias, e verá de vez em quando sempre aparece uma criança morta devido a intolerância de quem recebeu a missão de cuidar. Agora eu faço a pergunta. Qual é a diferença entre a Isabella destas outras crianças citadas? Já vi casos piores do que o espetacularizado caso Isabella. Sei que é mais um caso para discutir com o Senado e com o Congresso Nacional (que passam o mandato todo fazendo viagens com a família pagando tudo no cartão coorporativo) a discutirem um novo Código Penal mais justo e mais democrático. Há muitos artigos deste dito código que ferem e contradizem os princípios básicos da Constituição de 1988. Mas infelizmente acabou virando mais uma novela Global, onde a imprensa determina quem é culpado e quem é inocente, sem ao menos investicar mais ao fundo o caso. E o povo brasileiro, seguindo de gaiato, acompanha da mesma forma e emoção que a novela das oito. O pessoal da imprensa parece que esqueceram que isso também pode acontecer com eles também e desrespeitam a memória da garota.
Não quero usar este meio de comunicação para falar dos detalhes ou ficar opinando sobre este caso, mas independente de ser quem é culpado ou inocente, com certeza haverá impunidade, pois todos os personagens são da classe média e pode haver uma propina rolando nesta história. Se o caso envolvesse pessoas mais simples e humildes ou moradores da favela…
Quero usar este meio de comunicação para que a imprensa não fique espetacularizando estas tragédias que muitos membros da família da Isabella preferem nem lembrar. E à população que tenta descobrir quem matou a Odete Roitman neste caso, ao invés de ficar julgando ou pensando nos culpados ou inocentes, como fazem no BBB, deviam cobrar das autoridades, uma lei penal mais justa.