Estamos vivendo em uma época em que nações do mundo inteiro estão discutindo a forma de preservar a vida dentro do nosso Planeta Terra, onde a natureza está em processo de transformação, não por si própria, mas por ações que nós, seres humanos exercemos sobre o planeta. Tempestades intensas, tragédias naturais e mudanças climáticas, fizeram com que nós seres humanos passássemos a ter a consciência do mundo que estamos ao redor. Passamos a ver o planeta terra como organismo vivo, portanto esse organismo vivo está doente, e ele irá procurar meios de se recuperar, mais cedo ou mais tarde, assim como é o funcionamento do sistema imunológico do ser humano.
Mas por outro lado, devemos tomar mais cuidado com boatos e ondas “verdes” que se espalham por aí, pois nem tudo que ocorre com o clima do planeta, é fruto da atividade humana. Sim, o próprio efeito estufa, como fora dito nesse artigo, era o grande problema, e que isso deveria ser combatido, até que mais tarde, fora descoberto de que o mesmo efeito estufa é essencial para a vida humana. E logo aparecem correntes afirmando que o planeta está superlotado, onde está faltando recursos naturais para todo mundo, onde espalha fome, miséria e propagação de doença em várias partes do mundo, especialmente em regiões mais pobres. Porém, esse efeito existe há décadas, e nada é feito para reverter esse quadro. Isso pode incentivar mentalidades perigosas promoverem o genocídio em várias partes do mundo, afirmando que é em nome do meio ambiente. Daí, fica a balança entre o desenvolvimento sustentável, a dignidade humana
Digo que tudo isso é fruto do capitalismo, que predominou o século XX, onde o lucro passou a ser a principal objetivo do sistema. As pessoas passaram a acumular capitais e recursos somente para si, esquecendo que os mesmos acúmulos estavam trazendo problemas para toda a sociedade, e também para o meio ambiente. Então, junto com as Conferências Mundiais do Meio Ambiente, especialmente os eventos como o Rio+20, está surgindo está surgindo um termo que chega a soar como um palavrão, no ouvido de muita gente, o chamado Capitalismo Verde. Na minha modesta opinião, creio que o Capitalismo Verde é nada mais que mais um estilo ou disfarce para a crueldade causado pelo capitalismo, que incentivou a exclusão social e também a mesma miséria e à falta de comida em todo mundo.
Como tenho dito várias vezes em reuniões e em redes sociais, a questão é que não falta comida no mundo, o problema é que existem poucos que consomem muito e muitos que consomem nada, ou quase nada. É um costume que existe desde a antiguidade, na sociedade ocidental, o que é fato. Chega a ser risível em países pobres, como os africanos, existirem pessoas extremamente famintas, brigando por comida, enquanto em países ricos e desenvolvidos, há uma grande quantidade de pessoas obesas, comendo mais que o necessário. Essa é falta de balanceamento, fruto do capitalismo que dominou a civilização mundial por décadas. Se pararmos pra pensar, se todos os países do mundo, consumissem como as grandes potências mundiais, tivessem esse padrão de vida, a natureza do Planeta Terra já estaria extinta por muitos e muitos anos, e obviamente, não estaria lendo este texto.
Logo, acreditar em um capitalismo verde, é meio que acreditar em coelhinho da páscoa, ou mesmo acreditar em geração espontânea, em que animais surgiam dos objetos inanimados. Mesmo que haja uma comunidade comprometida com o meio ambiente, o consumo excessivo e consciente terá ser contido. Todos deverão trabalhar em conjunto para o desenvolvimento sustentável. De nada adianta dizer que vai preservar o meio ambiente, se houver um grande incentivo de consumo, sem pensar nas consequências que está sendo causado. Do contrário, todas essas conferências, essas jogadas de sustentabilidade das empresas, farão com que a palavra “sustentabilidade” fique como modismo ou jogadas de marketing apenas, enquanto o meio ambiente agoniza.
Em outras palavras, o chamado Capitalismo Verde, ao invés de procurar soluções para o crescimento da humanidade, como todo, aumentará ainda mais a desigualdade social, onde os mais pobres serão empurrados para a miséria, e os mais ricos, consumindo cada vez mais e mais. Os governos se tornariam umas verdadeiras ditaduras, aumentando ainda mais a desigualdade, o que resultaria na produção de mentes perigosas, como eu disse no começo deste texto. Para salvar mesmo a natureza, é preciso acima de tudo, promover a ruptura do sistema capitalista, pois como sabemos muito bem que não foi benéfica para a humanidade, faltando portanto, a distribuição justa para todos de alimentação, além do chamado controle de natalidade, mas de forma natural, sem uso de violência ou algo semelhante.
Ainda falando em Sociedade Capitalista, os mesmos magnatas capitalistas não estão sabe lá muito preocupados com o desenvolvimento social, apenas querem mais consumidores, mais consumo, para justamente ter mais lucros, nem que isso custe o meio ambiente em si. Não se pode haver desenvolvimento sustentável, enquanto existir o consumo capitalista da forma que existe hoje. O chamado Capitalismo Verde, proposto nos dias de hoje, não evita a tragédia, ela adia a tragédia. Isso sem falar com que torna o próprio capitalismo ainda mais selvagem e mais voraz para toda a sociedade, tornando ainda mais excludente. De nada adianta dizer que vai replantar as árvores, se promove a fome e a miséria, bem como a sua exclusão.
Portanto, para haver de fato o desenvolvimento sustentável, o trabalho tem que ser feito em conjunto a todos, envolvendo empresas, governo, mídia, igrejas, famílias, pessoas comuns, cada um fazendo a sua parte para o crescimento global e sustentável, não somente para salvar o meio ambiente, mas também para promover um mundo mais igual, mais humano e mais sustentável para todos, para os recursos naturais, continuassem sendo disponíveis ao longo de muitas gerações, pois enquanto ainda não se desenvolvem colonizações espaciais, vivemos em um único planeta, um gigantesco planeta vivo. É por isso que surgiram as famosas oito metas do novo milênio, que precisam ser cumpridas com louvor.