Estava eu sentado num banco do metrô e olhava perdidamente para o nada, pois nada podia ver, já que tudo era escuro com as pequenas luzes errantes na escuridão que vai de uma estação a outra. Aqui estava eu, sentado escrevendo poemas para alguém que ainda não sei quem é, mas sei que se esta pessoa ler este poema, será muito feliz. Era um vagão quase vazio e não tinha quase ninguém presente e eu sozinho no canto, tentando escrever os versos para poder esquecer do estressante dia que tive, para poder descansar a minha mente e a minha alma.
Então o metrô para em uma estação, as portas se abrem e de repente veio um motivo para descansar também os meus olhos. Uma bela moça, de cabelos escuros, olhos castanhos e veste um belo vestido azul da cor do céu. Nunca imaginei que uma obra de arte pudesse vir para minha minha frente e lá ficar parada olhando perdidamente para que eu pudesse maravilhosamente admirá-lo. Pensei em fazer para ela uma canção ou até mesmo desenhá-la. Mas a minha inércia me obrigou a apenas admirá-la e olhar para uma mulher digna de ser pintada pelo Da Vinci. Em poucos momentos tive este privilégio de ter momentos assim, mas era o mais feliz momento daquele dia, quando eu vi ela. Embora eu não e conhecesse e nunca tivesse visto em toda a minha vida, eu posso dizer que ela me deixou feliz por ter permitido que eu visse sua encantadora beleza e esse privilégio só durou para mim apenas quinze minutos até que que ela desceu na estação Central.
Muitos podem me dizer que estou sendo proibido de ter feito este texto, mas porque eu terei de viver a esta paranóia de censura? Mesmo que o mundo diga que eu estou errado em ver esta maravilha e escrever este texto, digo que não me arrependo, pois os olhos foram feitos para ver, enxergar e admirar também, ainda mais uma obra-prima feita por Deus.
