Hoje em dia, com a onda de divórcios, o que faz com que os casamentos sejam incertos, gera uma das grandes consequências: a desvalorização da figura do pai. Essa figura decorativa do pai já era antiga, bem antes da revolução do século passado, onde os casais, pelo bem ou pelo mal, se aturavam a vida inteira, sob a pena de serem perseguidos pela sociedade conservadora. Mas hoje está cada vez mais evidente, mais claro. Hoje em dia é comum vemos os filhos falando alto, respondendo e fazendo ameaças (ou até mesmo matando) contra seus próprios pais. Essa realidade não acontece em famílias onde os pais estão separados. Acontecem também em casais unidos, que vivem juntos, que não tiveram pulso firme contra os seus filhos. É uma sociedade moderna, onde os pais passaram a ser permissivos demais, achando que é possível haver liberdade sem disciplina.
Por muito tempo, mesmo em tempos mais conservadores do século XIX, primeira metade do século XX, ou até mesmo antes disso, vemos a imagem do pai provedor, aquele que tem o papel de prover recursos necessários para a casa, o que é mais comum, principalmente em classes (ou castas) mais baixas. Mas existe um outro papel importante para o pai, que é o de mostrar o caminho, o de interligar entre os filhos e a realidade do mundo lá fora. Ele não é simplesmente o auxiliador desnecessário da mãe. O papel do pai é tão importante quanto o papel da mãe, pois é fundamental para a formação moral dos seus filhos. Pais ausentes, geralmente geram filhos problemáticos e violentos e com poucas dificuldades de encarar as situações da vida, o mesmo acontece quando o papel dos pais são apenas decorativos, aqueles que não estimulam crescimento moral dos filhos.
Resumindo tudo o que falei, não basta ser pai, tem que participar. Participar como pai, não se resume a trazer comida pra casa, colocar filhos em melhores escolas e dar do bom e do melhor. Participar é dar amor, mostrar o caminho e ser o professor da vida, um professor fascinante, onde os filhos passam a ser praticamente o reflexo dos pais.