Tudo na nossa vida é controlado e regido pelo tempo, como forma de organizar os compromissos, bem como forma de estabelecer a nossa vida. O tempo é praticamente dominante e absoluto em nossas vidas, e praticamente não sabemos viver sem o tempo. Mesmo quando a gente está no momento em que devemos ter nenhuma preocupação com o tempo, ele está sempre presente. Isso porque estamos habituados a sempre viver com a rotina, não nos habituamos a viver de acordo com o nosso relógio biológico, ou quando sentimos a necessidade. Claro que a rotina foi importante, para não possamos viver escravos dos instintos, mas por outro lado, nos tornamos “escravos” da rotina, de onde tempos até mesmo que acordar em um determinado horário, mesmo que seja contra a nossa vontade.
Não venho falar da rotina, pois o mesmo assunto já foi aprofundado em outro texto. Venho aqui questionar sobre a existência do tempo. Muitos acham que o tempo foi criado pelo homem, como forma de medir os instantes e organizar os nossos compromissos e rotinas, o que é válido, bem como há pessoas que afirmam que o tempo foi criado por uma força suprema e absoluta, na criação do Universo, o que também é válido. Por fim, há um grupo de estudiosos que afirma que o tempo é bastante relativo, e ainda varia de acordo com uma região do Universo. E ainda há os loucos, nem tão loucos assim, que afirmam que o tempo não existe, o que existe, é o controle do sistema.
Bem, vamos por etapas: é válido afirmarmos que o tempo foi inventado pelo homem, como forma de se organizar. Isso fez com que o mesmo homem tivesse o domínio sobre o seu próprio relógio biológico, pois o mesmo relógio biológico é adaptativo, ao contrário do relógio externo, que é rígido. É sabido que o tempo sistemático, o tempo que usamos pra organizar compromissos e rotinas, foi criado a partir das observações dos movimentos periódicos dos corpos celestes, como sol, lua, estrelas e até mesmo cometas. A partir destas mesmas observações, é que surgiu o tempo que conhecemos hoje, com as horas, minutos, dias, meses e anos.
Segundo, a respeito do fato do tempo ter sido criado por uma força suprema e absoluta, durante a criação do Universo, isso eu não posso negar. Bom lembrar que em nada sabemos sobre o que existia antes mesmo deste universo, o que permanece como um grande mistério à nossa curiosidade, que nos chama a procurar entender e até mesmo criar suposições e teorias de como seria antes do suposto Big Bang. Claro que devemos entender que com a criação do Universo, criou-se o conceito de espaço e suas inúmeras dimensões, além do tempo, que acompanha a silhueta do espaço, que permeia sobre todo universo. Acredito que não exista um único Universo, mas uma coletânea de universos, que podem ainda ser mais numerosas que as estrelas do céu, ou do que os grãos de areia numa praia, onde em cada universo, existe suas leis absolutas e de Física.
Explorando a terceira opção, mas ainda neste tema, entendemos que o mesmo tempo é bastante relativo, pois ele varia de acordo com o universo, pois a curvatura gravitacional tem o poder de alterar e modificar o tempo, bem como o espaço. O tempo ainda pode variar de uma região a outra, de um mesmo planeta, fazendo com que tenhamos compreensões e noções diferentes sobre espaço e o tempo em si, mesmo estando em um mesmo planeta. Como tenho dito anteriormente, o nosso relógio é totalmente adaptativo ao tempo externo, ainda que relativo, pois não existe o chamado tempo absoluto. Tudo é baseado no bailar dos elementos que compõem uma determinada região do universo, incluindo a distorção do espaço e da matéria.
Por fim, há quem diga que o tempo não existe, o que existe, é apenas o controle. É complicado explicar certas coisas, quando não existe a compreensão do que está além dos próprios conceitos e preconceitos, o que seria uma completa perda de tempo, pois o mesmo tempo é precioso. Pode haver sim, o controle do sistema sobre a nossa vida, através do tempo, o que faz a gente abandonar os sonhos, os desejos e anseios, o que nos faz acreditar de que estamos andando em círculos, pois a nossa rotina não beneficia a nós, apenas a terceiros, o que é de fato, prejudicial.
