Ainda que o medo foge
Ainda que a loucura me domine
Fico cego de orgulho e prazer, com medo dos homens
A ilusão faz com que o medo fuja, me faz sem carisma
Entro no cavalo da ilusão e me sinto espantado
Fecho os meus olhos diante da realidade
Quando abri, vejo o mundo de cabeça para baixo
Há um peso na minha consciência e não vejo a felicidade
Há gritos de desespero e terror ao meu redor
Senti que minha cabeça ia explodir com tanto peso
Esqueço a realidade e só penso em mim
Meu crânio fica cada vez mais obeso
Muitos querem sair da ilusão
Mas é tarde, não dava mais para voltar atrás
Talvez desvalorizei a minha vida naquele momento
Só Deus sabe do quanto sou capaz
Até o mundo voltar ao normal
Alguns morreram de coração
Outros deixaram de ter uma vida legal
E nós, arrependidos de cair na tentação
Tenho pena de mim mesmo
Me deixei seduzir pelo orgulho
Talvez, um dia eu cresço
Sem medo de barulho
© Fábio Valentim (agosto de 1999). Todos os direitos reservados.
* Texto original revisado e corrigido.