Ninguém se importa com você
Nem mesmo te trataram como igual
Jogam venenos que te fazem adoecer
Te olhando como um fracasso descomunal
E no fim das contas, estará sempre errado
Te tornaram um espetáculo, um bobo da nobreza
Sob irônicos aplausos de uma platéia de víboras
Ouvindo risadas de abutres, devorando tua vida de tristeza
Sem direito a uma palavra de protesto, sem direito à vida
E no fim de tudo, acabarás sempre condenado
Agora tu és um escravo do tempo
Escravo de deveres que só trazem decepções
Escravo do medo da miséria e do temperamento
Escravo das chantagens e das falsas ilusões
E quando olhar para trás, verás que nunca foi amado
Querem fazer de ti, um terrível monstro
Mas teu peculiar caráter sempre impediu
Vicê vive como eu, na fábrica de monstros
Uma fábrica que desde o princípio, já faliu
Por ser diferente, por todos, é expurgado
Como eu, choras todas as noites amargamente
Por termos nascidos já com as maldições antepassadas
Por não termos conseguido fugir desta amaldiçoada fábrica
Por não termos conseguido enxergar uma vaga esperança
A esperança de termos a graça de escrever nosso destino