Por que as pessoas não se contentam com apenas uma pessoa para amar? Por que as pessoas traem? É possível amar mais de uma pessoa? São essas perguntas que nos assombra as nossas mentes e os nossos corações impertinentemente e nos perturbam a todo instante. Essas perguntas são questionadoras e nos leva a ter uma certa consideração por poligamia. Às vezes você vive um relacionamento monogâmico, e chega um momento em que você sente falta de mais uma pessoa para se sentir completo. Às vezes você vive um casamento monogâmico feliz e de repente se apaixona por terceiros.
Chamamos isso então de traição? Para alguns, poligamia já se configura como adultério, e é inclusive abominável. Para outros, poligamia é uma forma de relacionamento, assim como a monogamia. Mas ninguém, além de algumas religiões, disse que a pessoa só deve casar e ter relacionamentos amorosos única e exclusivamente com uma única pessoa. É até mesmo compreensível entendermos que podemos amar duas pessoas e ser fiel a estas pessoas. É possível viver normalmente em uma relação poligâmica, como qualquer outro casal monogâmico, com todos os elementos que regem o relacionamento, como eu disse em outro artigo: respeito, confiança e amor.
A própria Bíblia mostra que é possível viver no amor e constituir uma família sólida e saudável, em uma relação poligâmica, como descritas no Antigo Testamento. Os problemas familiares ocorridas em uma família poligâmica, acontecem da mesma forma que em famílias monogâmicas, o que não vejo motivos reais para tal proibição. Talvez seja para estimular a variedade genética pelo mundo, talvez seja para controlar o crescimento populacional e evitar a escassez de recursos do Planeta Terra. Ou talvez seja pela questão de um ou mais parceiros poligâmicos também queiram ter relações com outras pessoas. Mas chega a ser incompreensível o real motivo para que a poligamia seja vista com maus olhos e proibitiva.
Talvez seja essa questão do chamado poligamia (ou seja o poliamor), tenha inibido isso, principalmente quando é reforçado pela questão de igualdade entre os sexos nos últimos anos, tenha inibido a propagação da poligamia, o que fez com que a grande maioria dos casais, estabeleçam as famílias de forma conservadora, ou seja, monogâmica, e estes mesmos casais adorarem o relacionamento aberto, explorando os desejos poligâmicos em casas de swing ou até mesmo em locais reservados para troca de casais. Mas tudo isso era apenas a questão sexual e não afetiva, o que ainda é considerado um grande tabu dos relacionamentos, mesmo que sejam abertos.
Seja lá qual for, não importa que a relação seja monogâmica ou poligâmica, mas o importante em qualquer relação, é que haja respeito, confiança e amor. Não importa como deve se tratar a primeira esposa, segunda esposa ou primeiro marido ou segundo marido, mas que tenha estes elementos. Na minha opinião, a pessoa se sente mais livre, dentro de uma relação afetiva, o que prova que é possível caber mais de uma pessoa dentro do coração, pois ele é flexível e não tem limites.