Em Busca do Sentido da Vida: Família

O conceito de família vai muito além de laços de sangue…
O conceito de família vai muito além de laços de sangue…

A família é mais que uma célula, uma base da sociedade. É através da família que se formam pessoas cidadãos e pessoas que serão usadas para contribuir para a formação da sociedade e posteriormente da civilização. Sim, a família é a célula da sociedade, que é parte da civilização. Posso dizer então que quando o homem passou a conceituar e formar as primeiras famílias (na época, comumente denominadas de clãs), ajudou na formação das primeiras cidades. Tanto que por muito tempo atrás, o sobrenome das pessoas coincidem com os nomes das respectivas cidades, como por exemplo, Paulo de Tarso, Helena de Tróia, Sargão de Acádia entre outros. E a partir destas cidades se formaram nações, a partir de aglomerados de cidades ou clãs que se formaram.

Isso nos dá a compreensão de que a instituição da família foi um grande salto para humanidade, se não é o maior de todos. Isso nasceu a partir da estabilização do casamento, que se tornou enfim, a base para a construção, a formação e a posterioridade da família. Não é a toa que as igrejas cristãs afirmas que a família é a célula da sociedade, e nisso elas estão cobertas de razão. Posso dizer que a instituição da família foi um divisor das águas entre a condição de animais irracionais para animais racionais. Sim, o tempo foi passando e o conceito de família está se tornando mais abstrato, não ficando restrito apenas a pai, mãe, filho, irmãos, cachorro, papagaio, etc. Está indo muito além disso. Laços de amizade passam a ser também laços inerentemente familiares.

Então vamos ao conceito de família que trabalhamos atualmente, onde o lar deixou de ser um conceito físico, ou seja, limitado a tijolos, cimentos e às estruturas tradicionais das famílias, que geram o laço de sangue. Há grupos de amigos que se veem como uma família, há um clube, uma organização que se vê como uma família, há empresas que se veem como uma família, até mesmo cidades se veem como uma família (esta última, relembrando o mais antigo conceito de família). Enquanto também vemos famílias, “unidas” pelo laços de sangue, em constantes conflitos, guerras e desavenças, que nunca se entendem e se compreendem. Como eu disse, o lar não é tijolo e cimento, o lar é o lugar onde você é amado e aceito. Se sua família de sangue não te aceita e você nunca é compreendido, por maior que seja seu esforço em se encaixar nela, e mesmo assim, nada se encaixa, esse de fato não é o teu lar.

Mas o que isso pode influenciar na busca pelo sentido da vida? Nesse conceito novo de sentido da vida, fica muito mais fácil compreender. Pois quando a família é o lar onde você é aceito amado verdadeiramente e não uma horda de abutres, hienas e algozes, este lar será o importante suporte para a busca do sentido da vida. De fato não vivemos sozinhos e não é mesma coisa vivemos como lobos solitários, entregues à própria sorte. A família, além de ser um importante fator para a formação, o desenvolvimento humano e a fortaleza da sociedade é um importantíssimo fator para a busca do sentido da vida. Além disso, a família nos dá uma identidade perante à sociedade, pois é muito comum sermos conhecidos ou reconhecidos pelos atos e feitos dos nossos pais, que podem ser positivos ou negativos, mas o que importa, é que você, um indivíduo, a menor partícula da sociedade, deve contribuir para o fortalecimento da família, seja ela unida por laços de sangue ou não.

Seguir Fábio Valentim:

Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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