Tenho recebido muitas críticas, principalmente de pessoas que conheço pessoalmente, por eu não ter uma linha editorial definida, seja nos livros que escrevo, seja inclusive neste blog. Muitos acham que eu deveria escrever somente livros de poesia, ou somente livros de conto, ou ficção científica, já que “crio dificuldades” de me especializar em uma determinada categoria e acabo me perdendo no meio da carreira que estou desenvolvendo. É como se eu tivesse ser obrigado e estar preso a escrever somente um tipo de obra e que não posso escrever outra. Eu já escrevi um livro de ficção científica, primeiramente e logo em seguida, escrevi um livro de poesias. E como eu disse anteriormente, eu pretendia publicar ainda um livro de autoajuda, a partir dos textos postados neste blog. Sim, compreendo que são gêneros completamente diferentes, mas e daí? Eu poderia ainda escrever outro conto de ficção científica e ainda um conto infantil, quem sabe?
Dizer que eu deveria ficar preso a um único gênero literário, para mim seria um insulto à minha inteligência, me desculpe ser um pouco grosseiro ao falar isso, mas é a mais pura verdade. O fato de explorar vários sabores e temperos, não significa que estou perdido no tempo. Além do mais, é natural para um artista, que explora as suas possibilidades, deve sair do seu ninho. É mesmo dizer ao Leonardo da Vinci a se dedicar a única e exclusivamente a pintura, sem querer me comparar ao grande gênio. Mas voltando ao assunto, não sou uma pessoa sem direção que pega qualquer vento, tenho sim, um estilo e um jeito de escrever, que acredito que dificilmente irá mudar com o passar do tempo: a linha social.
A linha social, a que me refiro, seria a minha forma de usar os meus trabalhos literários para criticar a sociedade e ainda mostrando formas melhores de se conviver em sociedade e no final, promover um debate. Claro que isso é bastante sutil que que não é pra qualquer um perceber, pois não existe no meus livros explicitamente, a famosa frase “moral da história”. Mas no fim de tudo, procuro dar um pouco de visão social para os leitores. Essa é a minha linhagem. Não importa se é uma novela, conto, poesia ou autoajuda, o que importa pra mim, acima de tudo é a mensagem que quero passar para o mundo. Até mesmo este blog segue essa linhagem e possui estilo próprio de passar uma mensagem, como disse neste texto. Tanto que o primeiro lema apresentado, quando foi criado é: “o baú de ideias e imaginações pra mudar o mundo, nem que seja seu próprio mundo”.
Para exemplificar o que falei, no livro “A Pedra da Gávea e o Mundo Secreto”, retrata que as pessoas de anulam, para “ser normal” viver a norma padrão, ser igual a todo mundo! Ainda neste livro, também é retratado a falta de consideração de um com outro e como as pessoas ignoram a essência do ser humano. Enquanto no “Rio de Cristal”, retrata a forma em que a hipocrisia e gente interesseira podem levar pessoas do bem à miséria e humilhação. Pode ver claramente os três personagens curiosos: abutres, hienas e contramestres, que retratam pessoas que levam para o mal. Não é preciso colocar “moral da história” explicito no final do livro, pois a mesma já pode ser descoberta ao longo da leitura e o próprio epílogo revela a história, claro que isso se forma mais eficiente a explicação, se toda a história for lida.
Outro ponto importante é que não me prendo à quantidade de páginas, pois é a última coisa que penso no momento em que escrevo o livro. Mesmo em revisão, coloco isso em último caso. Não vendo quantidade de páginas, não vendo livros avulsos, pois se fosse assim, eu abriria uma papelaria. Meu jeito escritor de ser é livre como pássaro e se orienta pela linha e visão social da sociedade em que vivemos. Assim, mesmo em livros de fantasia e contos de fadas, penso em escrever dessa forma. Pois para mim, a fantasia é uma forma de interpretar a realidade e não um mundo paralelo para fugir dela. Assim espero que vou seguindo na minha direção aos sabores dos ventos da inspiração para transmitir ao mundo, uma mensagem de amor, paz e alegria.